Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por um padrão persistente de sintomas de desatenção (deixar tarefas pela metade, cometer erros por descuido, ser desorganizado e ter dificuldade de sustentar a atenção) e/ou hiperatividade e impulsividade (parecer ligado no 220, não parar quieto, agir sem pensar, intrometer-se e interromper os outros). Os sintomas devem ter início na infância, até os 12 anos, e ocorrer em pelo menos 2 ambientes (como escola e casa), levando a prejuízos funcionais, acadêmicos e sociais.
O diagnóstico é fundamentalmente clínico, baseado na história do paciente e de seus cuidadores. O tratamento é sempre guiado pelo perfil de cada paciente e pode envolver o uso de psicoestimulantes (como o metilfenidato e a lisdexanfetamina) e terapias comportamentais.
É importante ressaltar que o diagnóstico do TDAH não pode ser feito apenas por meio de escalas, como a SNAP e a ASRS. Uma avaliação clínica detalhada é necessária, uma vez que outros transtornos de grande prevalência, como a depressão e ansiedade, também podem levar a sintomas de desatenção e inquietude.
O diagnóstico do TDAH tem ganhado crescente notoriedade na mídia, com testes sendo veiculados online e o uso crescente de psicoestimulantes por jovens que desejam “ter melhora do foco”, apesar de não possuírem o diagnóstico. Estudos recentes também demonstram que o uso de psicoestimulantes por indivíduos sem TDAH não proporciona aumento da concentração conforme demanda, podendo levar apenas aos efeitos colaterais dos remédios, como aumento da ansiedade, taquicardia, cefaleia, diminuição do apetite, entre outros.
Caso sintomas sugestivos sejam identificados, é sempre recomendado procurar um especialista para avaliação e orientação.
Clique no botão para agendar um horário da minha agenda
Eduardo Gonçalves – CRM/SP 190318 RQE 905491 – Todos os direitos reservados